Após falha na organização do processo seletivo, Universidade divulgará nova data para a realização dos testes em seu site.
Passava das 8h30 quando membros da Comissão Permanente de Vestibular (Comperve) em Natal informaram aos estudantes sobre o cancelamento do processo seletivo. O motivo apresentado pela UERN é o de que a empresa responsável pela elaboração das provas, a AOCP Concursos Públicos, teria errado na organização dos testes, já que as folhas de respostas não estavam “batendo” com os nomes dos concorrentes, dificultando a identificação.
A desorganização já era percebida pelos estudantes que iam realizar os testes na Escola Estadual Floriano Cavalcante, em Natal, antes mesmo do anúncio de cancelamento. Vários pré-vestibulandos chegaram nas salas que iam realizar os testes, mas não havia o nome deles na lista fixada na entrada da sala, consequentemente, não havia o nome também nas carteiras. Onde sentar? Para os fiscais, em qualquer uma.
Tradicionalmente, os estudantes que realizam o vestibular da UERN são divididos em salas de acordo com a primeira letra do nome. Assim, há uma sala só com candidatos que possuem nomes que iniciam pela letra, por exemplo, "A". Mas neste domingo (20), os nomes estavam todos misturados.
Segundo informações preliminares, o problema se repetiu por todo o Estado. No entanto, os alunos do interior foram os mais prejudicados. Isso porque boa parte deles teve que se deslocar de uma cidade para outra, tendo em vista que as provas só são aplicadas em Mossoró, Natal, Assu, Pau dos Ferros, Caicó e Patu.
De Apodi, por exemplo, saíram quatro ônibus no início da manhã em direção à Mossoró. No entanto, todos tiveram que voltar. "Os estudantes estavam chegando aos locais de prova e não era onde pensavam. Estava tudo desorganizado, por isso cancelaram", disse a candidata de Apodi, Natália Morais.
Por telefone, ela contou que a Comperve não repassou detalhes sobre os problemas. "Eles apenas disseram que era por causa da empresa que organiza as provas". A nova data também não foi informada aos candidatos.
"A gente se sente prejudicado porque sai da cidade, gasta dinheiro e depois temos que voltar. Só de Apodi foram quatro ônibus, fora as pessoas que vieram de táxi ou em carro particular".
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