Rio - Estudantes cariocas, que tiveram a redação anulada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), conseguiram na Justiça liminares garantindo o direito à revisão da prova, ao lançamento da nota e à inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece mais de 83 mil vagas em instituições de Ensino Superior em todo o País e cujo prazo acaba hoje.
O advogado Rodrigo Gomes Motta explica que o Inep, órgão responsável pelo Sisu, tem 24 horas para fazer a revisão da prova de redação que foi anulada. Sem a nota na redação, os estudantes não conseguem se inscrever no Sisu. “É um sistema fechado, mas na prática não funciona. É um direito da Clara e de todos os participantes saber por que sua redação foi anulada”, critica o advogado Rodrigo Motta.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) informou que 13.562 redações foram anuladas porque os candidatos não teriam informado a cor do caderno de provas. Além da falha na correção das provas, candidatos tiveram acesso a dados sigilosos de outros participantes.
Mais ações contra notas de estudantes no Enem
O Ministério Público Federal, em Pernambuco, ajuizou ação civil pública pedindo acesso ao espelho das folhas de respostas dos candidatos que fizeram o Enem. O órgão também quer que o MEC abra prazo para que os participantes entrem com recurso contra as notas obtidas. O MPF no Ceará também entrou com pedido semelhante ontem na Justiça Federal.
Segundo o MPF pernambucano, o edital “apresenta flagrante ofensa aos princípios constitucionais da ampla defesa e da isonomia”. Até ontem, cerca de 1,2 milhão de candidatos conseguiu se cadastrar. Mas o número representa menos da metade dos 3,3 milhões de candidatos que participaram do Enem.
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