quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Exame de homem com suspeita de 'vaca louca' deve sair até sexta

O Laboratório Central de Alagoas (Lacen) envia nesta terça-feira, para laboratórios de São Paulo e Rio de Janeiro, mais duas amostras do material biológico do paciente que está internado no Hospital Universitário (HU) com suspeita de Encefalopatia Espongiforme Transmissível (EET), doença que possui entre suas variantes o chamado Mal da Vaca Louca. O transporte do material biológico será realizado por uma empresa especializada.

A primeira remessa do material foi enviada na última sexta-feira a um laboratório de Recife. O protocolo do Ministério da Saúde (MS) preconiza que em casos de suspeita desse tipo de enfermidade, é necessário o envio de amostras a pelo menos três laboratórios de referência do País. O material biológico só é liberado após autorização por escrito dos familiares do paciente.

O médico que acompanha o paciente, Fernando Gameleira, informou que vai aguardar até o final da semana por um resultado pelo menos parcial. "Embora não tenha cura, há tratamento para a doença. A depender do estado de saúde, ele pode até ser liberado e ir para casa", informou.

O paciente com suspeita da doença tem 30 anos, reside em São Paulo e trabalha como estivador no Porto de Santos, onde teria ingerido carne bovina contaminada, oriunda do exterior. Ele está internado em estado grave e apresenta sintomas como desordem cerebral, decorrente, possivelmente, da ação de uma proteína infectante, que é denominada Príon e se caracteriza por ocasionar a morte das células cerebrais, formando, no cérebro da vítima, buracos parecidos com esponja.

Sem riscos
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) ressalta que não há risco de transmissão da doença, já que não ocorre de pessoa a pessoa. De acordo com a Assessoria de Comunicação do HU, o paciente está internado desde o último dia 10 e seu quadro clínico é grave.

A Encefalopatia Espongiforme Transmissível (EET) possui quatro formas de manifestações, sendo o Mal da Vaca Louca uma forma rara, sem registro no Brasil. A doença pode se manifestar de forma esporádica, representando 85% a 90% de suas ocorrências e, até o momento, a fonte infecciosa é desconhecida pela literatura médica.

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