Chefe da Nação mostrou que não leva em conta a ética para conduzir a política
As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que até 'Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão' se fosse eleito para governar o país geraram diversas críticas por parte dos parlamentares e até mesmo da Igreja.
O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Dimas Lara Barbosa, disse que "Jesus Cristo não fez aliança com os fariseus", ao comentar a declaração do presidente. Barbosa ficou espantado ao tomar conhecimento do pensamento do Presidente da República sobre política e religião.
O senador Flávio Arns afirmou que o presidente Lula pisou na bola e agora ficou óbvio que o Chefe da Nação não leva em conta a ética para conduzir a política do Governo.
Na opinião do senador do PTB do Distrito Federal e integrante da base do Governo, Gim Argelo ressaltou que o presidente Lula apenas foi sincero. Argelo lembrou que o chefe da Nação condicionou o acordo com Judas Iscariotes a uma eventual eleição de Jesus Cristo.
Já o líder democrata na Câmara, Ronaldo Caiado quer saber quem foi na base aliada que se vendeu por trinta moedas. Caiado revelou que desconfia que os vendilhões do Congresso se beneficiaram de dinheiro público.
Mas o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves pediu um tempo para ler outra vez as declarações do presidente da República. Alves ressalvou que em política nem sempre se pode escolher os parceiros
O governador paulista, José Serra, que sempre evita o confronto com Lula, não perdeu a oportunidade para ironizar as palavras do Chefe de Nação e enfatizou que ao dizer que Jesus faria aliança com Judas para governar o Brasil.
O prefeito paulistano, Gilberto Kassab revelou que o presidente Lula tentou justificar as próprias
alianças ao supor que no Brasil haveria acordo entre Jesus e Judas Iscariotes. No entanto, Kassab enfatiza que em São Paulo não há a possibilidade de alianças a qualquer custo.
A coordenação política do Palácio do Planalto entrou em ação para tentar reduzir o impacto das declarações do presidente Lula. Vários deputados da chamada "bancada evangélica" protestaram a portas fechadas porque não querem ser confundidos com Judas Iscariotes.
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