No primeiro, a polícia afirma que ele se entregou o outro diz que ele foi detido após denúncia
Prisão de ex-promotor Igor Ferreira da Silva possui 2 boletins de ocorrências totalmente diferentes. No primeiro, a polícia afirmou que ele se entregou e o outro revelou que ele foi detido após denúncia anônima.
O ex- promotor Igor de 42 anos, está preso desde a última segunda-feira e já está na Penitenciária de Avaré, no interior de São Paulo. Foragido da justiça desde abril de 2001 o ex-promotor foi condenado por homicídio qualificado.
Em entrevista, a delegada responsável pela prisão, Adanzil Limonta disse que Igor foi detido após uma denúncia anônima. No entanto, a história da prisão chamou muito a atenção já que o promotor estava parado em uma calçada sem nenhum documento e apesar de uma fisionomia muito diferente foi logo reconhecido. Limonta afirmou ainda que conduziu o preso em seu veículo particular, sem nenhuma algema e nenhum outro policial dentro.
Toda essa história consta em um boletim de ocorrência feito no 31º Distrito Policial por volta das 5 horas. Porém, uma hora antes um outro boletim de ocorrência assinado pela mesma delegada relatava que Igor se entregou. No documento público obtido pela reportagem da rádio Jovem Pan consta que Igor compareceu na delegacia espontaneamente para o cumprimento dos mandados de prisão.
A explicação da Secretaria de Segurança Pública é confusa, mas relata que o primeiro boletim temia estar prendendo um falso promotor que só foi identificado após passagem pelo IML. Já na outra versão, a delegada afirmou que logo que viu já soube que o homem parado na rua era mesmo Igor.
Valderez Deusdedit, procuradora que acompanhou o caso desde o início, revelou que mesmo se o ex-promotor tivesse reagido a prisão, ele teria o benefício da progressão de pena. Segundo a procuradora, a fuga de Igor rendeu a ele um grande benefício e a pena reduziu em pelo menos 3 anos.
Deusdedit revelou ainda que era muito difícil que o criminoso conseguisse fugir por 20 anos e ficar livre do homicídio, mas confessa que chegou a temer que isso acontecesse. No momento de sua prisão, o promotor contou aos investigadores que tem outras provas de sua inocência.
A procuradora confessou que a única novidade para o caso seria uma confissão de Igor, de resto está tudo provado e nenhum outro recurso pode ser usado pelo ex-promotor.
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